terça-feira, agosto 30, 2005

segunda-feira, agosto 22, 2005

apura os sentidos

apura os sentidos
deixa o corpo sentir o furor de voltar a viver
deixa que o suor te escorra de esforço que nunca é em vão
sente o toque da pele
sente a sua suavidade e o carinho com que te toca

deixa fluir o sangue
deixa que o sangue te aqueça à velocidade a que o clímax se aproxima
sente o calor que sobe a cada instante
deixa correr
corre também
não deixes de sentir essa sensação de liberdade quando tudo acabou


















































sexta-feira, agosto 19, 2005

o corpo é que paga

tentei fixar o meu olhar mas não tinha forças para isso...a garrafa já tava vazia e só me lembrava de ver as estrelas a brilharem só para mim
nem dei pelo som vazio da garrafa a cair na areia ou as gargalhadas que dávamos estridentemente, viciadas pela euforia do sangue a vibrar com a diluição do alcool

mas o corpo não anguentou a euforia...decidiu rejeitar a nova condição escolhida
rejeitou até não puder mais
o corpo ficou sem forças, sem energias
ficou num escuro repousante, no qual apenas a mente funcionava para responder a perguntas simples e fazer afirmações carinhosamente estúpidas e desapropriadas (mas sem deixarem de fazer sentido ou de serem totalmente verdadeiras)

agora o corpo tenta recuperar de uma condição não escolhida por ele mas que faz a experiência ter o seu verdadeiro valor