segunda-feira, setembro 26, 2005

corro porque não quero acomodar-me neste mundo de poucas esperanças

temos de reagir
não podemos ficar acomodados no nosso confortável lugar nos sofá de onde vemos televisão e lá fora o mundo passa

de nada vale ficar à espera que venham bater à porta, quando podemos ser nós a tocar às campaínhas

por vezes falta a força para reagir. porque levamos pedradas que podem mesmo cegar
mas mantenham-se alerta porque basta seguir o coração aliado à razão e facilmente é encontrada a solução

muitos acham que sentimentos mais profundos não existem, não acreditam na magia nem no poder do dom
muitos só acreditam em si...e passam a ser ilhas...
eu acredito no nós, na força, na energia

sim energia, do amor, da paixão...é ela que faz com que corramos atrás do que acreditamos, faz com que corramos atrás daqueles em quem acreditamos...

eu corro, por vezes canso-me e paro para respirar...mas não quero perder tempo, prefiro continuara correr...vou atrás de uma sombra, não interessa se não a vejo
por vezes vejo.a bem, mas escapa-se
mas não desisto
continuo sempre a correr e por mais que me canse não hei-de parar nunca

quinta-feira, setembro 22, 2005

age

não imaginas a importância que tem uma simples luz laranja
luz que muda a vida de qualquer pessoa, muda.te a direcção e muda a direcção dos outros
essa luz laranja avisa os outros da tua decisão e ajuda.os a decidir também...
tu accionas a luz mas ela não é para ti...é para os outros...
lembra.te "acção/reacção"... as tuas acções não são apenas para ti, têm sempre um reflexo nos que te rodeiam mesmo nos desconhecidos...
não apenas a luz, mas um simples gesto de mudança como as cores do ecoponto...
talvez o problema seja das cores...
não...
o problema deve ser da acção, ter que agir perante uma situação que parece muito mais cómoda em não agir...

mas lembra.te: a acção não é só para ti...é para os outros também!

vê bem para que não esqueças os momentos porque deves viver

observo o mundo como se não quisesse esquecer as cores de todos os sonhos que já tive, não esquecer os olhos de todos aqueles que me vêm...porque não sei o amanhã...
gostava de não mais sair daqui, deste espaço temporal, deste momento, para guardá.lo e recordá.lo em todos os outros momentos em que só quero fugir e não mais voltar.
vejo os sorrisos dos que me acompanham e guardo esta alegria...

terça-feira, setembro 06, 2005

então um dia descobri que a brutalidade do Homem está bem perto de nós
o dia ficou preto e bem preto já tu eras
relembro quando tu nasceste da tua mãe bem branquinha, brincavas com a bola castanha de pêlo beijoqueira, tiveste filhos e filhos e filhos e filhos...e uma ficou contigo na nossa casa, também ela branquinha (como a avó).
e agora já ñ voltarás para casa, já ñ ouvirei a d.adelaide a contar-me das tuaas maselas no pelo curto. não virei mais os teus olhos verdes a luzirem na luz, não ouvirei o teu miar refilão quando queres bacalhau e não to dão, não voltarei a afastar o teu focinho fofinho do meu prato...
eras membro da família...

hoje chove para tentar limpar a podridão da alma humana, daqueles que não vêm que a humanidade vive de sentimentos, de partilha e de compreensão e tolerância!porque temos de ser uns para os outros e para aqueles que pouco têm culpa do que o Homem faz...