sentimento sem explicação e sem nome

sim sim
também sinto o que nos une

não precisas de dar um nome àquilo que sentimos

eu mergulho atrás de ti para ver se cais bem
tu pensas que vais afundar-te
mas eu faço com que boies
seguro.te sem que notes que sou eu
faço força para trazer-te à tona
e pensares que foi Deus que quis assim

mas fui eu...

sim...eu mergulhei contigo
não foi preciso veres-me
apenas quis que caisses bem não te magoasses nakela água fria
fiz cara feia ao frio
e assustei o medo

e quando chegaste à tona
olhaste para o azul do céu e sorriste

porque não quiseste voltar para baixo

foi Deus...
não...
foste tu...

uma nova chama aquece o meu coração
foi o teu sorriso que acendeu.a em mim

vejo que muitas coisas mudaram neste caminho que escolhi
as escolhas tiveram consequências, mas poucas delas serviram para que o errado mudasse
agora é o ente mais pequeno que sofre....
eu queria protege.lo e faço.o como posso, agora mais longe

nestas lágrimas derramadas penso nesse teu sorriso e como ele me aconchega
ñ sei de onde veio este calor confortável que me reconforta e alenta neste momento

que não se extinga...

corro porque não quero acomodar-me neste mundo de poucas esperanças

temos de reagir
não podemos ficar acomodados no nosso confortável lugar nos sofá de onde vemos televisão e lá fora o mundo passa

de nada vale ficar à espera que venham bater à porta, quando podemos ser nós a tocar às campaínhas

por vezes falta a força para reagir. porque levamos pedradas que podem mesmo cegar
mas mantenham-se alerta porque basta seguir o coração aliado à razão e facilmente é encontrada a solução

muitos acham que sentimentos mais profundos não existem, não acreditam na magia nem no poder do dom
muitos só acreditam em si...e passam a ser ilhas...
eu acredito no nós, na força, na energia

sim energia, do amor, da paixão...é ela que faz com que corramos atrás do que acreditamos, faz com que corramos atrás daqueles em quem acreditamos...

eu corro, por vezes canso-me e paro para respirar...mas não quero perder tempo, prefiro continuara correr...vou atrás de uma sombra, não interessa se não a vejo
por vezes vejo.a bem, mas escapa-se
mas não desisto
continuo sempre a correr e por mais que me canse não hei-de parar nunca

age

não imaginas a importância que tem uma simples luz laranja
luz que muda a vida de qualquer pessoa, muda.te a direcção e muda a direcção dos outros
essa luz laranja avisa os outros da tua decisão e ajuda.os a decidir também...
tu accionas a luz mas ela não é para ti...é para os outros...
lembra.te "acção/reacção"... as tuas acções não são apenas para ti, têm sempre um reflexo nos que te rodeiam mesmo nos desconhecidos...
não apenas a luz, mas um simples gesto de mudança como as cores do ecoponto...
talvez o problema seja das cores...
não...
o problema deve ser da acção, ter que agir perante uma situação que parece muito mais cómoda em não agir...

mas lembra.te: a acção não é só para ti...é para os outros também!

vê bem para que não esqueças os momentos porque deves viver

observo o mundo como se não quisesse esquecer as cores de todos os sonhos que já tive, não esquecer os olhos de todos aqueles que me vêm...porque não sei o amanhã...
gostava de não mais sair daqui, deste espaço temporal, deste momento, para guardá.lo e recordá.lo em todos os outros momentos em que só quero fugir e não mais voltar.
vejo os sorrisos dos que me acompanham e guardo esta alegria...

então um dia descobri que a brutalidade do Homem está bem perto de nós
o dia ficou preto e bem preto já tu eras
relembro quando tu nasceste da tua mãe bem branquinha, brincavas com a bola castanha de pêlo beijoqueira, tiveste filhos e filhos e filhos e filhos...e uma ficou contigo na nossa casa, também ela branquinha (como a avó).
e agora já ñ voltarás para casa, já ñ ouvirei a d.adelaide a contar-me das tuaas maselas no pelo curto. não virei mais os teus olhos verdes a luzirem na luz, não ouvirei o teu miar refilão quando queres bacalhau e não to dão, não voltarei a afastar o teu focinho fofinho do meu prato...
eras membro da família...

hoje chove para tentar limpar a podridão da alma humana, daqueles que não vêm que a humanidade vive de sentimentos, de partilha e de compreensão e tolerância!porque temos de ser uns para os outros e para aqueles que pouco têm culpa do que o Homem faz...

apenas frui do que te rodeia

apura os sentidos

apura os sentidos
deixa o corpo sentir o furor de voltar a viver
deixa que o suor te escorra de esforço que nunca é em vão
sente o toque da pele
sente a sua suavidade e o carinho com que te toca

deixa fluir o sangue
deixa que o sangue te aqueça à velocidade a que o clímax se aproxima
sente o calor que sobe a cada instante
deixa correr
corre também
não deixes de sentir essa sensação de liberdade quando tudo acabou

o corpo é que paga

tentei fixar o meu olhar mas não tinha forças para isso...a garrafa já tava vazia e só me lembrava de ver as estrelas a brilharem só para mim
nem dei pelo som vazio da garrafa a cair na areia ou as gargalhadas que dávamos estridentemente, viciadas pela euforia do sangue a vibrar com a diluição do alcool

mas o corpo não anguentou a euforia...decidiu rejeitar a nova condição escolhida
rejeitou até não puder mais
o corpo ficou sem forças, sem energias
ficou num escuro repousante, no qual apenas a mente funcionava para responder a perguntas simples e fazer afirmações carinhosamente estúpidas e desapropriadas (mas sem deixarem de fazer sentido ou de serem totalmente verdadeiras)

agora o corpo tenta recuperar de uma condição não escolhida por ele mas que faz a experiência ter o seu verdadeiro valor

numa luz morta observo fixamente

imagino-me numa taberna daqueles que os homens gostam de, um canto obscuro, observar as mulheres que vão entrando
também eu estou num desses cantos, com um copo vazio e uma garrafa de vinho tinto
mas não bebo
apenas espero que alguém queira sentar-se no meu canto escuro e beber da minha garrafa

observo apenas os que entram, os que também observo mas que não sabem que observo como eles

tenho o copo vazio na mão, passo os dedos na borda fina do copo para sentir o toque suave da textura do vidro
o olhar está fixo nas paredes pálidas daquele espaço nauseabundo dos homens que chegam de trabalhar e estão insaciáveis de vinho e de prazer sexual
por isso se escondem num canto escuro numa taberna qualquer

matrix teatral

olho e vejo para o que foi feito
penso: ainda bem!
têm razão os que dizem que se sofre para depois se ser feliz...depois da tempestade vem a bonança...mesmo que pareça que a tempestade é uma eternidade

custou subir o palco, ñ querer ver para além dos focos para ñ ver o olhar profundo daqueles que esperavam qualquer coisa
mas agora olho, quero conhecer melhor aquele palco, aqueles focos que escondem pessoas por trás...

sabes como é não precisares de desculpa para dizeres coisas ou fazer coisas?!? ali podes ser quem quiseres, viver como quiseres...não te parece bem?
pode parecer falso, mas ñ é...apenas é uma parcela de ti, nem que seja a parcela hipócrita e cínica
na verdade, os que pisam o palco têm sorte, sorte de viverem todas as profissões todos os desgostos todos os sofrimentos todos os amores, saem do palco e estão noutro mundo...lolol....matrix teatral...

sim...

olho e vejo e sinto
e sinto que vejo o que não sinto mas senti
olho para o que vejo
e vejo o que não quero olhar
sei que sinto o que não vejo, mas olho para o que sinto

sentir o que não vejo é o mesmo que olhar para o que não quero sentir...

o momento do eco do presente

escondeste.te mas ficamos as duas

foi então que o vermelho se confundiu com o pêlo...

tu:
"e na escuridao da noite, o lobo mau chegou-se ao pe do capuchinho vermelho kom uma fitinha no pe, e roubou-lhe um beijo profundo, e sussurou-lhe ao ouvido: Gosto de ti. Boa Noite."

eu:
"ela ficou sem expressão.só depois se apercebeu do que se tinha sucedido, e corou...
ainda corada, apenas respondeu: boa noite também para ti. e olhou.o para ele ver as palavras naõ ditas espelhadas nos seu seus olhos doces tal como o mel."

tu:
"o lobo corria num alvoroço , tropeçando em pedras e raizes, tentando fugir das palavras que incansavelmente o tentavam alcançar atravez do eco humido e escuro da floresta....olhando para tras, viu os olhso brilhantes de capuchinho...sorriu...o eco apanhou-o...tarde demais...o seu coraçao estava trespassado....ele tinha-se apaixonado por ela."

...

viro.me para o lado para descansar

vista quadrada

sim tu...

será k é a luz...

olha lá para o fundo

xuack

e lá vai ele...

deixas.me sorrir

luz/sombra:os opostos

a menina sabia

então a menina continuou a sorrir porque sabia que podia ter outro gelado
mesmo que não fosse naquele dia ou naquele mês
porque gelado não é algo que se esgote, pensava ela interrogando.se se seria verdade o que pensava
a mãe consolou.a com um ar triste mas aconchegante, acompanhado por um beijinho na testa e uma carícia no cabelo
sinal que noutro dia poderia haver um gelado muito semelhante aquele
a menina então seguiu caminho
ainda olhou para trás e viu o gelado no chão
e olhava para o vestido onde a nódoa ainda era bem vísivel
pelo tom achocolatado e pela textura derretida
era o seu vestido mais bonito
mas não se importava porque podia ser lavado e voltado a vestir noutro dia qualquer
mas o gelado agora já ñ podia comê.lo

mas sorria
tinha aprendido a dar mais valor a tudo aquilo que desejava
e aprendera que quando se tem corre.se sempre o risco de perder
e a menina sorria
amanha ia tentar ter comer um gelado...

a mão contém a essência de um conteúdo inscontestável

lá no alto estão os melhores pensamentos

o tempo anda ao nosso compasso 

um gelado derretido num vestido bonito

nesse dia o sol brilhava
ela saltou da cama e gritou: "já é Verão!!"

vestiu-se a correr e desceu as escadas em euforia
ao fundo das escadas, esperava a mãe que a já a aguardava sorridente
há muito que aguardavam aquele dia: o primeiro dia de verão

saíram então de casa
já sabiam para onde se dirigiam

entraram no estabelecimento
ela pediu o que tanto ansiava

sairam satisfeitas

ela descia a calçada com o seu vestido de domingo
a mãe olhava.a e sorria.lhe, via os olhos dela a sorrirem por akele momento de magia

o gelado nem era nada de especial
mas era o k ela queria

as pessoas passavam por ela, mas ela nem viu quem eram
os carros passavam mas ela nem olhava para atravessar
só tinha olhos para aquele alimento tão saboroso pelo qual tanto ansiava

foi então que se deu aquele momento inesperado
ela tropeçou na beleza do seu vestido
e na tristeza dos seus olhos akele gelado derreteu-se
no folho do seu vestido mais bonito

akele gelado derreteu-se no vestido bonito da menina

se vi não sei...só estou de passagem

passo em direcção a algo que desconheço

já passou por aqui

benji 

bem te querias esconder 

não sou

bastam umas asas para se ser anjo

eu tive que vender as minhas
não conseguia voar sob este céu que carrega as estrelas que brilham no teu olhar

não conseguia ver o caminho sem sentir a terra quente pelo sol
vendi as asas para queimar os pés e sentir como é o amor...e agora sei porque o sol ensinou-me

bastam umas asas para se ser um anjo, eu vendi as minhas
não preciso delas para chegar ao teu coração
não preciso delas porque não quero ser anjo
quero sentir e apenas ser feliz por isso

espero sorrisos e abraços de pessoas desconhecidas
ando por ruas e cidades que não conheço
olho em busca de olhos profundos de mágoa e sofrimento
e perco-me...

o dia de hoje

se então conseguisse esquecer este dia que te deu a conhecer ao mundo
esqueceria que existes e olharia para as estrelas sem esperar o teu abraço caloroso
contra o frio da maresia

e olharia os montes sem esperar que aparecesses por de trás a sorrir
a caminhar em direcção às ondas que nos juntavam

mas olho para tudo isto
e sorri.o só por saber que alguma vez conheci o teu brilho
e o teu sorriso que fazia brilhar

sê feliz

o gesto culpado

todas reclamamos a emancipação da mulher
mas a liberdade precisa de barreiras
barreiras que os homens com a toda a sua masculinidade parecem ñ ver

dizem que respeitam as mulheres
mas tocam nelas sem o respeito
sem entender o amor que lhes emana
entendem as palavras como actos sexuais
e culpam-nas pela sua erecção

ousam dizer que são elas que tocam a sua pele
enquanto que são eles que erguem a mão

a boca dela nem se mexe
paralisada pelo choque
pelo toque inesperado mas parece premeditado
desde a primeira palavra que ele proferiu

o meu corpo é o meu protesto
contra a mão que se ergue
contra o gesto que julga ocupar o carinho
mas ocupa o assédio, a vergonha, o desrespeito


de nada servem as palavras
de serve o aqui e agora
se o lá, nem ele se apercebeu do erro
da barreira trespassada

imaginem a mão a percorrer zonas do corpo
sem o consentimento devido
gestos na pele e no tecido
gestos suspeitos de pura ingenuidade de simpatia extrema


quero uma revolução
uma revolução pelos gestos que contêm a maldade das hormonas masculinas
uma revolução pela simpatia que julgam ser uma porta aberta para o assédioquero uma revolução por todas as pessoas que pensam que o amor faz-se de sexo e a paz pelo grito calado de quem sofre...

a porta abre-se

pois bem, então percebemos que a vida realmente passa, que amadurecemos e crescemos.
acabamos os estudos, arranjamos emprego e preparamo-nos para sair de casa e vemos o mundo lá fora de maneira diferente.

a vida arranja-se, os amigos mantêm-se
a tendência é crescente

já foi...não é

nem tu sabes o significado do nome que usas
desse ser que muitos dizem que existe mas poucos realmente os viram

eu um dia vi um
mas tu nem sabes porque esse nome te descreve
já nem te lembras como ele é porque ele já não vive em ti

então não uses esse nome
usa um que equivala ao que és agora...

pois então siga.mos a estrada do arco-iris 

palavras de quem espera por quem um dia partiu 

tejo meu... 

tejo

tejo,
foste testemunha de uma paixão ardente que parecia prometer um amor inagualável
as tuas ninfas inspiraram palavras ditas em horas de extrema devoção

aqui, viste tu fazer amor
viste aqui, as lágrimas jorrarem de tristeza
foram ditas palavras mal trocadas, mas tu ouviste-as
sorrio para ti, porque aqui continuo a ver o meu reflexo no teu leito

nada perdi de ti nem tu de mim
apenas as tuas águas murmuram palavras e beijos de outro tempo
murmúrios que correm nas tuas águas, mas elas não param
e vejo-te correr

e não me esqueço de ti...

uma vez mergulhei

se então não me lembrasse do brilho do teu olhar aquando o teu sorriso
brilho de magia que rodeava os nossos ccorações que até então se entregavam ao amor
brilho que escorria pelos corpos suados pelo esforço da entrega
os gritos de prazer e lágrimas derramadas em momentos de fraqueza de puro prazer
os olhos que se encontravam de tanto desencontrarem-se de prazer enlouquecido

lembro-me de olhá-los e conseguir ver o fundo do mar e mergulhar na sua total imensidão...

olha para mim e diz o que vês

o arco-iris

não sou prisioneira das histórias que o tempo já contou
vivo num arco-iris sem destino nem fim
vivo das gotas da chuva do céu cinzento
dou cor ao céu azul e ao sol quente

talvez por vezes, siga as nuvens cinzentas (por breves momentos)
para depois saber que as cres são os sorrisos e gargalhadas
de todos os momentos em que chorei em vão ou senti arrependimento

não sou prisioneira das histórias que o tempo já contou,
mas sim de todas as gargalhadasque ficaram por dar!

pensa então nos momentos vividos com maior paixão pela vida

caminho de reflexos

foi então que olhei para trás e não te vi...
apenas te sinto dentro de mim
vi os rostos quq ainda hoje vejo
porque me acompanham na caminhada que decidi faer
não voltarei a olhar para trás à espera que estejas lá tu,
apenas olharei para me lembrar que não estiveste
outros cativaram o meu amor e todo o meu carinho pela forma como me preencheram
quando tu não o fizeste ou não o sabias fazernão procurarei o teu rosto nos reflexos do meu caminho,
não esperarei a tua mão no meu levantar atrapalhado
acima de tudo, procurarei alento no lar daqueles que acreditam no meu ser frágil e corajoso,
assustado mas com força,
porque somos feitos de fraquezes e fortalezas mas nunca deixamos de ser...

mas sorri do teu reflexo...

mergulha no brilho do olhar de quem busca a claridade na água mais profunda...