terça-feira, outubro 03, 2006

textos em folhas soltas de um passado remoto

passa a brisa que aconchega
com os sons que traz de lá
traz a memória da tua presença
pelas melodias que tocaste
vejo-te, sim...estás tu com
aquele olhar vago de quem
apenas respira pelo que toca
até mesmo os anjos caem em terra
tu também...
trocas um sorriso, um olhar
e nele perco-me





agora queria olhar para ti e sentir
mas não
está tudo vazio
foi só por ser e nada mais
mas eu queria sentir
queria gostar de cheirar o teu cheiro
e sentir a tua pele
está escuro e vazio
porque nada sinto?
é suposto sentir? ou agora apenas és um murmúrio
de um grito de prazer agonizante
que se prolonga num espaço perpétuo.
morres em mim como um boquet de rosas vermelhas no dia do casamento...





tens medo de ser tu próprio
de voar e cair
tem de medo de parecer cobarde
de não teres força para caminhar
mas esquce-te que a coragem
tem aquele que reconhece a fraqueza
que vê o reflexo sem arrogância
ou com desprezo
apenas vê o que és realmente
mas até isso vês como fraqueza
seres o que és realmente
então és fraco?
não precisas de medir forças
não precisas de esconder sentimentos
só para não sofrer
apenas sê tu
sem queres mostrar ser outro

beijo a ti...
07.02.06

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