de repente foi como o tempo ter parado
não havia espaço, tempo ou lugar...apenas um vazio escuro e frio
depois veio a luz mas sem preechimento ou entendimento apenas o calor
a luz ofuscava a visão, apenas a audição dava a conhecer o exterior
um ovo prestes a eclodir com receio da luz lá fora...
apenas num rasgo deixa de existir o conforto, a certeza, a segurança
tudo é diferente
o medo continua, olhar para frente e para trás, sentir a perseguição com o medo de cair para a frente
a luz fica escura e o quente fica frio
não há reflexo do que se é e não se sabe o que se deve ser
o que fomos já esquecemos mas ainda faz parte de nós
corre, corre sim...mas não muito depressa porque pode não ver por onde passas
se caires bates com a força com que corres para a dor te mostrar como ias depressa
rasga a pele até à carne e deixa cair o sangue
faz-te doer
faz-te chorar
faz-te gritar
não esqueces essa dor...não esqueças
levanta-te sozinha
custa-te caminhar
queres desistir
deixar de existir
e a dor continua
limpas as lágrimas e continuas porque ainda lá estás no mesmo sítio
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